Portugal percorreu um longo caminho na gestão dos resíduos urbanos, contudo, mantém ainda uma dependência considerável da deposição de resíduos em aterro, seja diretamente após a sua recolha ou como residuais dos processos de tratamento. Em particular, nas unidades de triagem, de tratamento mecânico e de tratamento mecânico-biológico, os resíduos que não são encaminhados para valorização acabam por constituir a fração resto destas unidades, acabando, em grande parte, por ser enviada para aterro por falta de alternativas para a sua valorização.
É neste contexto que surge o estudo promovido pela Associação Smart Waste Portugal, que pretende caracterizar a dimensão do problema da fração resto em termos mássicos e avaliar as soluções para a sua valorização numa perspetiva técnico-económica e ambiental, bem como no quadro das políticas e legislação nacional e europeia para a gestão de RU. Este estudo tem assim como objetivo global contribuir para uma discussão alargada e aberta, assente em abordagens rigorosas e verificáveis, e que possam ajudar a definir uma estratégia para o país e para as empresas no setor dos resíduos em linha com os princípios essenciais da proteção do ambiente, da eficiência e da promoção da transição para uma economia mais circular.
